ANO 3- N.10-OUT/NOV/DEZ DE 2013-MANAUS/AM.
PRESENÇAS INTERCÂMBIO MANAUS-MARSELHA
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
sábado, 28 de dezembro de 2013
PROJETO PRESENÇAS POR CLÉIA ALVES
O projeto “Presenças” promoveu um encontro de duas culturas diferentes
entre Brasil e França tendo as cidades de Manaus e Marselha como palco para a
concretização das atividades através de residências, oficinas, palestra,
encontros, bate papos e apresentações artísticas nos meses de fevereiro, março,
agosto, setembro e novembro de 2013.
Para mim foi feito o convite para
participar do projeto na parte do registro audiovisual pelo qual me senti
presenteada com um trabalho dessa natureza.
O registro do projeto foi muito
gratificante para mim como artista investigadora, pois um olhar de fora sempre
instiga e visualiza algo que vai mais além do que os olhos podem registrar no
momento da ação. Um recorte, um ângulo, uma expressão, uma emoção nos diz muito
sobre aquele que se move e infinitas são as suas leituras e releituras e penso
que isto ajudou um pouco na procura daquilo que Patrick Servius e os artistas
envolvidos estavam investigando para a criação da obra.
A residência em Manaus foi um trabalho de
investigação que provocou muitas emoções e sensações tanto para o coreógrafo
quanto para os que estavam envolvidos no processo de investigação e criação. O
coreógrafo Patrick Servius pôde perceber que entender sobre outra cultura pela
qual não tinha um tempo maior para um estudo aprofundado, ( e digo que nem todo
o tempo seria suficiente para um entendimento pleno) deveria ser um trabalho
muito cuidadoso e sensível para que o resultado pudesse ser satisfatório para
todos.
A importância de Presenças foi um
intercâmbio cultural entre a cultura da região norte do Brasil, um lugar quente
e úmido com um clima que age sob o comportamento das pessoas que nela vivem e
uma cidade mediterrânea no sul da França, local que recebeu os artistas do
Brasil muito bem e que propôs um acolhimento buscando entender e compartilhar
ideias e conhecimentos dos amazonenses.
Penso que os artistas envolvidos puderam
perceber a importância de saber sobre sua cultura e identidade, saber o valor
do seu fazer artístico e a importância que isto tem em suas vidas.
“Presenças” veio em um momento muito
importante para o movimento da dança em Manaus porque este propôs um novo modo
de manter as atividades da Contem Dança Cia através do intercâmbio
internacional. O projeto Presenças só veio confirmar que existem meios de
manter um trabalho sério de pesquisa, investigação e manutenção de nossa
cultura avançando e ampliando num sentido da multiplicidade das artes.
Espero que este projeto tenham vida longa e
que outros artistas possam ampliar a rede de conhecimento e compartilhamento de
ideias e criações.
Cléia Alves
Professora de Dançasegunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Olhar de Kenjah sobre "Presenças"
Aux racines de
la mémoire du corps...
Interroger la présence de l’Homme au monde c’est, nous donne à voir le
chorégraphe Patrick Servius, retremper dans la mangrove primordiale d’où la vie
s’est échappée de sa moite intériorité pour projeter ses racines sur les rives
de la matière et du mouvement. La présence est ce projet d’élévation qui, de la
gravité de nos ancrages à la terre aux fulgurances du corps, nous porte à
l’Autre et au partage. La présence est cette tresse des flux mémoriels qui
agite l’infinie recomposition du corps et de ses désirs. Ainsi danse la
dernière création de la Cie du Rêve de la Soie, qui va puiser dans la densité
amazonienne de Manaus (Brésil) la dramaturgie charnelle des pulsions primitives
et l’entrelacs initiatique des émergences collectives. Le corps, cette grande
foule solitaire, s’enlace, s’élance, s’alliance au ballet des tensions, sur la
ligne de crête des cinq traces qu’exhale la transe des artistes sur les
percussions intimes de la Forêt et du Fleuve. Comme autant de Présences, intenses et sensibles. Comme
autant de remontées vers l’essence d’où fleurissent les gestes et le mouvement.
Alors, par le rituel ancestral de la liberté convoquée, une paix nouvelle se
dresse, enfin couronnée de la Parole. A l’appel en nous-mêmes de l’humain et de
la beauté. On comprend ainsi l’impératif de sortir de soi pour se (re)trouver,
de risquer l’en-aller vers la différence pour mieux peser de son poids propre.
Et l’urgence de libérer l’espérance des peurs que la mémoire du corps archive
dans l’inconscient de notre pure humanité... Sans doute est-ce là la plus
essentielle leçon que nous offre ce projet fraternel et ambitieux où les
foisonnements fascinants du Nouveau Monde enfantent l’horizon éternel de la
Vie...
Kenjah, Marseille 2013
terça-feira, 22 de outubro de 2013
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